TicTac do Aquecimento Global

sábado, 5 de setembro de 2009



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Por um acordo global de clima justo e eficiente
Neste sábado, 29 de agosto, acontece a instalação de um relógio de 3 metros de altura movido a energia solar no Parque Ibirapuera, em São Paulo. A iniciativa marcará o início da campanha TicTacTicTac na capital paulista. Outras cidades também promoverão eventos de lançamento da campanha neste mesmo dia.

A campanha, internacional, começa há cem dias da Conferência do Clima de Copenhague, quando as nações chegarão ao acordo sobre as metas para reduzir as emissões de gases que causam o aquecimento global.

Você pode participar assinando o manifesto da campanha e mostrar aos líderes mundiais que você também quer frear as mudanças climáticas e amenizar seus efeitos. Saiba mais.
Fonte: ISA – Manchetes Socioambientais e WWF

Internacionalização da Amazônia





Texto do ex-ministro Cristovam Buarque sobre a internacionalização da Amazônia. O fato em si ocorreu em Setembro de 2000 em Nova York, durante o State of The World Forum.

Boa leitura.

Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha.

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, amazonia_2_13001podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o pais onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.

PRESERVE A AMAZÔNIA






Dia 5 de setembro é o Dia da Amazônia. A maior floresta do mundo vem sofrendo com o desmatamento de árvores para o contrabando de madeira; com a disputa de terras e com a caça e pesca predatória, que tem causado a extinção de várias espécies. Apesar de termos poucos motivos para comemorar, é preciso chamar atenção para essa data e lembrar a importância desse patrimônio ecológico.

Segundo a ONG WWF, a Amazônia é uma região vasta e rica em recursos naturais: possui grandes estoques de madeira, borracha, castanha, peixes, minérios e plantas, das quais se extraem óleos e essências para uso medicinal, cosmético e alimentício, entre outros. Além disso, as florestas são responsáveis por melhorar a qualidade do ar e da água.

No entanto, as pessoas não parecem levar a sério a importância da maior reserva natural do planeta para o mundo. A taxa de desmatamento é alarmante, atingindo milhares de quilômetros quadrados por dia. Segundo relatório do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram desmatados 836 km² de floresta amazônica em julho deste ano.

Não podemos mais ficar calados diante de tal calamidade. A Amazônia proporciona o equilíbrio ambiental do mundo e é nosso dever preservá-la.

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